Sobre o projeto

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As catástrofes e as emergências decorrem de interações únicas e problemáticas entre natureza e cultura. Por exemplo, as alterações climáticas ou a vulnerabilidade social podem exacerbar a forma como os perigos “naturais” são experienciados. Para uma gestão eficaz dos desastres e para a redução do risco que lhes está associado, a sensibilidade cultural é essencial. Contudo, os planos de gestão de desastres tendem a olhar para as populações afetadas, maioritariamente, como vítimas e como um grupo homogéneo.

Salvo raras exceções, as crianças e os jovens são invisíveis enquanto participantes ativos e envolvidos no processo de planeamento nacional e internacional de emergência em caso de catástrofe, tais como eventos climatéricos extremos/inundações/fogos florestais/terramotos e outras crises ambientais influenciadas pela ação humana.

Os estudos demonstram que, quando as crianças são referidas, são descritas não como um recurso, mas antes como um recetor de ajuda, vulnerável e, consequentemente, problemático. Compreender a perspetiva das crianças, como têm vindo a demonstrar organizações como a Save the Children, é um elemento vital para o processo de construção da resiliência: as crianças são membros da comunidade com direitos próprios e futuros cidadãos, com o potencial para desempenhar um papel importante no desenho de respostas eficazes em relação a catástrofes ao nível local e nacional.

A abordagem participativa do projeto CUIDAR encorajará a integração da experiência e dos significados dos eventos para as crianças nos planos de emergência, algo que é cada vez mais necessário, face ao aumento da vulnerabilidade às catástrofes, nomeadamente, devido às alterações climáticas e à ocorrência de fenómenos extremos um pouco por toda a Europa. As vulnerabilidades a este tipo de catástrofes são inúmeras, desde os impactos diretos das cheias, ondas de calor, secas e movimentação de vertentes, até aos impactos indiretos sobre a saúde ligados aos ecossistemas, como sejam as doenças infecciosas, a escassez de alimentos, a saúde mental e o empobrecimento cultural, incluindo ainda o deslocamento de populações e os conflitos.

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